A sociedade e seus tabus

#Novas Realidades Sociais 

A homofobia parece que virou assunto da vez, está fervendo nas mesas dos bares, nas rodas de conversa do trabalho e, claro, na mídia. O tema é profundo e analisá-lo apenas pelo viés do preconceito é uma forma rasa de tratar a questão.

Para começar, é preciso ter em mente que toda sociedade tem seus padrões, assim é inevitável que um comportamento que foge ao comum para os mais conservadores, não cause estranheza. Porém, quero deixar bem claro que nada justifica agressões físicas ou morais, o nome disso se chama selvageria.

O que desejo colocar em questão é que vivemos uma dualidade social, na qual conceitos que em épocas atrás eram rígidos como sexualidade e família, hoje, devido a liberdade de expressão, a mídia e uma nova dinâmica social, passam por transformações que ultrapassam os estereótipos a que eram relacionados. Um exemplo claro disso é o conceito de família.

Sem entrar nos méritos do direito, o fato é que a dinâmica social mudou a visão tradicional desta instituição. Atualmente a separação não é mais tida como um tabu. Até na escola essa situação tende a ser encarada de uma nova forma; hoje em dia a separação está presente em todas as classes sociais e claro, já faz parte da vida de muitos alunos. Assim, o grande desafio é saber como representar essa nova realidade antes estereotipada em um discurso de uma família perfeita com pai e mãe casados?

Agora, imagine como é difícil para a sociedade trabalhar com um novo tabu que está prestes a ser quebrado: a homossexualidade. A questão que fica é a seguinte: a mídia dará conta de tornar a homossexualidade uma opção comum, no mesmo grau que a separação passou a ser aceita? O Livre pra Dizer espera a sua reflexão. Entre no debate!

Vem aí... Novas Realidades Sociais

O Livre Pra Dizer está produzindo sua primeira série de reportagens denominada “Novas Realidades Sociais”. O blog vai discutir a reorganização familiar e homossexualidade tentando fugir do foco dado pela grande imprensa. O desafio é grande..  .

Legalização da maconha: a favor ou contra?

Como diria a música do Gabriel, o Pensador “querem proibir, querem liberar” mas aqui a polêmica ainda não chegou até Congresso, e consultando cá meus botões tenho medo quando o assunto chegar lá. Enfim, já deu pra notar que autor do blog é contra a legalização da maconha.

É contraditório comparar o Brasil com a Holanda somente pelo prisma de que lá a “especiaria” pode ser vendida livremente em cafés; não que comparações sejam erradas, pelo contrário são bastante úteis, e, inclusive, essas comparações devem ser ampliadas.

Vamos comparar os sistemas de saúde desses dois países, será que o sistema brasileiro está preparado para atender os novos viciados que podem surgir com a liberação? Pense na Cracolândia em São Paulo e tire suas próprias conclusões, afinal, a maconha pode ser a porta de entrada para que o usuário passe para outras drogas, entre elas o devastador crack.

E o que falar, então, dos índices econômicos, lembre-se que para comprar um “baseado” é preciso ter dinheiro, e aí como fica? Apesar do crescimento econômico vale lembrar que o desemprego é uma realidade dolorida para milhares de brasileiros, o que pode gerar uma combinação perigosa entre droga e desemprego.

E os índices de violência, o que falar? Na Holanda, por exemplo, a situação de tão boa é até ironizada, como fez o jornalista Marcos Gutterman, ao noticiar em 2009 em seu blog, no site do Estadão, que a Holanda estava com um “problemão”, o país iria fechar 8 prisões uma vez que os índices de criminalidade não paravam de cair, e os juízes trocavam pena de prisão por trabalhos comunitários. Já no Brasil: violência em alta, cadeias super lotadas, situação que os noticiários policiais retratam todo dia.

Por fim, que tal comparar, os efeitos para o sossego da sociedade? No Brasil, só a combinação álcool e direção já faz estragos imensos, imagine com a maconha. Até na Holanda, com baixa criminalidade, o governo já estuda algumas medidas para manter a ordem, uma delas é proibir que turistas comprem a droga, como retrata a matéria da agência Reuters, de novembro de 2010, publicada na Folha de São Paulo - Um trecho da reportagem diz que: "O cerne do problema são o crime e os distúrbios envolvendo o comércio. Temos que voltar ao propósito inicial: uso local para aqueles que gostam disso", disse o ministro Ivo Opstelten. "Não é atração turística." [sic]

É fácil concluir que se até na Holanda, lembrada como exemplo por intelectuais de peso como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o consumo gera problemas, imagine esses problemas traduzidos para a complexidade da realidade social brasileira. Reflita e mande seu ponto de vista, o blog está aberto ao debate. 

Links das matérias citadas no texto

http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/um-problemao-na-holanda/

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/832250-governo-holandes-estuda-proibir-turistas-de-comprar-maconha-em-cafes.shtml

Pode chegar, a casa é sua!

Sejam todos bem-vindos. A proposta deste espaço é a mais simples possível: falar o que penso, mas fiquem livres para me dizer o que eu não penso. Enfim, quero aqui trazer o ponto de vista do cidadão comum, daquele que acompanha um pouco desconfiado os rumos do país e do mundo; que é capaz de se indignar com a política; de sofrer com o futebol e achar que o Brasil ainda tem jeito, quando alguma boa ideia que beneficia a coletividade é colocada em prática. Então é isso – Será um prazer ter a sua visita!